XII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

MAU POSICIONAMENTO DAS PALPEBRAS, ENTROPIO E ECTROPIO: REVISAO DA LITERATURA

Resumo

Introdução: O mau posicionamento das pálpebras pode ser grave, colocando em risco a visão. No entrópio, a margem palpebral está virada para dentro, sobre a superficie ocular. No ectrópio, a margem esta virada para fora, expondo a conjuntiva tarsal1. Objetivo: descrever o estado da arte sobre o mau posicionamento das pálpebras com ênfase em entropio e ectrópio. Método: revisão da literatura, conduzida nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pub Med, Scopus e Web of Science. Utilizou-se os termos "pálpebras", "entrópio", "ectrópio" e “doenças palpebrais”. Foram incluídos estudos originais, revisões sistemáticas, diretrizes clínicas e artigos publicados a partir de 2018. Excluíram-se as publicações repetidas nas bases e as que não estavam relacionadas com a temática. Resultados: O mau posicionamento das pálpebras pode ser o resultado do processo de cicatrização da pele ou conjuntiva que ocorre após traumatismo, cirurgia ou doenças da pele e das membranas. O entrópio pode resultar da paralisia do músculo orbicular, já o ectrópio congénito crônico verdadeiro é raro, e quase sempre associado a um distúrbio genético. Os sintomas variam de leve desconforto e olho seco a úlcera corneada grave. O diagnóstico precoce favorece o manejo efetivo e envolve métodos diagnósticos e avaliação clínica detalhada. Deve-se considerar: 1- avaliação da integridade das pálpebras: se cobrem o olho quando fechadas e se as margens permanecem em contato direto com o globo quando abertas; 2- determinar se a condição está impactando no funcionamento normal das pálpebras e, se a cirurgia é necessária ou estética, cuja correção não precisa ser imediata: entrópio ou ectrópio de grau leve possuem indicação estética, já os posicionamentos anômalos que causam infecção e ulceração ocular devem ser corrigidos imediatamente. O tratamento consiste na correção através da cirurgia plástica ocular, que pode ser realizada por mais de dez diferentes técnicas cirúrgicas e visa restaurar a função palpebral mantendo a estética adequada: fechamento completo, piscamento, distribuição das lágrimas, bombeamento lacrimal, posição dos cílios e textura da pele palpebral. Conclusão: O mau posicionamento das pálpebras é considerado de alta gravidade quando houver risco de ulceração, infeção e inflamação. A correção cirúrgica deve ser indicada sempre que o desconforto do paciente puder ser eliminado com segurança e previsibilidade suficientes. A técnica ideal deverá ser decidida pelo cirurgião.

Referências Bibliográficas

Área

OCULOPLÁSTICA (Trabalhos)

Instituições

UNIGRANRIO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

PATRÍCIA GAMA CRESCENCIO, RAFAELA MARCELLO SOARES, ERICA DE ALMEIDA, LORENA COUTO, ALINE REZENDE, ISABELLE ROCHA DOS REIS, GABRIELA MIRANDA CAVALCANTI