XII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

OCLUSAO DE RAMO DE VEIA CENTRAL DA RETINA: RELATO DE CASO

Resumo

INTRODUÇÃO
A oclusão venosa retiniana (OVR) é a 2ª maior causa de cegueira vascular, atrás da retinopatia diabética. A obstrução da veia central da retina (OVCR) e seus ramos, ocorre na lâmina crivosa ou logo após, gerando alterações vasculares, fatores inflamatórios e edema retiniano. As complicações variam desde um edema macular, até um glaucoma neovascular [1, 2].
RELATO DE CASO
MCFC, mulher, 72 anos. HPP: HAS + dislipidemia e facectomia + LIO em OD. Consultou no HOHR, devido BAV desde dez/2022. Apresentava AV CC: 20/80 parcial em OD e 20/25 em OE. Biomicroscopia normal AO. Fundoscopia normal em OE e, em OD, haviam hemorragias em chama de vela, exsudatos duros e edema macular clinicamente significativo. Exames: OCT mostrou edema retiniano cístico e difuso no polo posterior do OD e a AFG revelou neovasos, anastomoses, aneurismas, macrohemorragias e edema macular, com diagnóstico de oclusão de ramo da veia central da retina em braço temporal-superior de OD. Foi proposto tratamento com panfotocoagulação a laser e 2 injeções intravítreas anti-VEGF. Após tratada, houve sucesso na estabilização retiniana, sem progressão das lesões e manteve valores de AV. Orientado acompanhamento a cada 3 meses.
DISCUSSÃO
O tratamento para OVCR incluem uso de laser, cirurgias e injeções intravítreas de corticoesteroides e anti-VEGF. Não há comprovação sobre eficácia do uso de antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, trombolíticos ou hemodiluição na melhora da AV, com risco de maior perda de campo visual e piora de hemorragias. Casos de hemorragia vítrea importante e descolamento de retina tracional podem ser controlados com vitrectomia. O controle de PIO e comorbidades como HAS, DM e dislipidemia são importantes para reduzir fatores de risco sistêmicos [1, 2, 3].
CONCLUSÃO
O diagnóstico e tratamento precoces da OVR são fundamentais para evitar complicações oculares. Quando há instalação de sequelas, deve-se focar na estabilização do quadro para preservar a funcionalidade visual restante e o acompanhamento médico é importante fator prognóstico.
REFERÊNCIAS
[1] Neto CAM, Augusto GAT. Oclusão da veia central da retina. eOftalmo. 2021;7(2):92-100.
[2] Cardoso MA, Cardoso J, Cunha V, Machado I, Telles P, Pereira M, et al. Oclusão venosa central retiniana e trombofilias. Oftalmologia. 2013;37(1):63-67.
[3] Medeiros FB, Costa IPS, Araujo JPV, Souza JC, Medeiros HAG. Oclusão da artéria central da retina com oclusão da veia central em olho contralateral. Rev Bras Oftalmol. 2021;80(6):e0054.

Referências Bibliográficas

Área

RETINA (Trabalhos)

Instituições

Hospital de Olhos Hilton Rocha - Minas Gerais - Brasil

Autores

ANDRE FRANÇA FONTES CAL, MARIA KAROLAYNE OLIVEIRA LIMA, JANIMARA ROCHA VALE MARINHO, ANTONIO MEDEIROS BATISTA FILHO, LISSA CARVALHO WERNEQUE