XII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE RANIBIZUMAB E TERAPIA A LASER NA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE: UMA REVISAO SISTEMATICA

Resumo

Introdução: A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vascular retiniana que acomete neonatos prematuros, especialmente os que apresentam extremo baixo peso ao nascer, com maior incidência em países em desenvolvimento. Ademais, é válido ressaltar que essa patologia é uma das causas mais importantes de quadros de cegueira potencialmente preveníveis durante a infância. Dessa forma, visando a otimização do sucesso na abordagem da patologia, minimizando a perda visual, torna-se relevante analisar os resultados obtidos tanto pelo uso do Ranibizumab, quanto pelo uso da fotocoagulação a laser. Objetivo: Comparar a eficácia do uso do Ranibizumab com a da fotocoagulação a laser na ROP. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática utilizando a base de dados Medline, a partir dos descritores “retinopathy of prematurity”, “Ranibizumab” e “laser therapy”, além de suas variações, obtidas pelo MeSH. Foram incluídos ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR), publicados nos últimos dez anos, que comparassem os efeitos das duas formas de tratamento supracitadas em pacientes com ROP. A recomendação PRISMA também foi usada, a fim de melhorar o relato dessa revisão. Resultados: Após pesquisa, foram incluídos 4 ECCR adequados ao tema. Os estudos utilizavam doses de 0,1 mg, 0,2 mg ou 0,3 mg de Ranibizumab, não sendo encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as doses. Após 24 semanas, uma análise primária demonstrou maior sucesso no tratamento com Ranibizumab quando comparado a fotocoagulação (p = 0,051) e um menor número de desfechos estruturais desfavoráveis no primeiro. A frequência da reativação da doença, necessitando de retratamento, foi maior no grupo que fez uso do Ranibizumab (p = 0,001). Os tempos de regressão nos casos de doença plus, retinopatia do prematuro estágio 3 e doença agressiva posterior (AP-ROC) foram menores para o Ranibizumab, comparados aos da fotocoagulação (p < 0,001, p = 0,004 e 0 = 0,03, respectivamente). Após 2 anos, alto grau de miopia foi menos frequente no grupo que fez uso de Ranibizumab (p = 0,012). Conclusão: O uso de Ranibizumab pode apresentar resultados mais rápidos e menos alterações na visão que possam afetar a qualidade de vida do paciente, mas maior taxa de retratamentos, quando comparado a fotocoagulação, o tratamento de escolha atual. 3 dos 4 artigos analisados declaram conflitos de interesse, portanto, faz-se necessário maior número de estudos sobre o assunto para melhor análise.

Referências Bibliográficas

Área

RETINA (Trabalhos)

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA - Minas Gerais - Brasil

Autores

LARISSA RODRIGUES SOTTO-MAIOR, BRENDA PEREIRA DA COSTA MARTINIANO, JOANA LOURY PINHEIRO DE OLIVEIRA, DILOURDES ECLAIR SILVA MAGALHÃES