Dados do Trabalho

Título

EFICACIA DO USO DE AVASTIN® NO TRATAMENTO DA CORIORRETINOPATIA HEMORRAGICA EXSUDATIVA PERIFERICA

Resumo

INTRODUÇÃO

A Coriorretinopatia Hemorrágica Exsudativa Periférica (CRHEP) apresenta etiologia desconhecida, sabe-se que a presença de neovascularização coroidal está essencialmente envolvida em sua patogênese. A doença apresenta manifestações diversas, desde alterações discretas maculares à descolamento retiniano.

Apesar do diagnóstico ser melhor realizado através da angiografia com indocianina verde (ICGA), a angiografia com fluoresceína (AGF) e ultrassonografia (US), são importantes ferramentas de auxílio tanto no diagnóstico de CRHEP como na avaliação de diagnósticos diferenciais, por exemplo, melanoma de coróide.

Na grande maioria dos casos, a CRHEP tem se mostrado uma patologia autolimitada, porém é uma condição danosa à visão quando seu acometimento ocorre na mácula ou quando associada à hemorragia sub-retiniana.

RELATO DE CASO

Paciente M.S.G. , 65 anos, cardiopata, apresentou-se à consulta oftalmológica com queixa de BAV intermitente em ambos os olhos (AO). Pseudofácica AO. Acuidade visual corrigida de 20/60 em OD e 20/40 em OE. Biomicroscopia: sem alterações. Fundoscopia: disco óptico oblíquo, com escavação de 0,4 AO, extensa área de descolamento seroso da retina em regiões inferior e temporal, além da presença de hemorragias e exsudatos difusos em AO.

Foi submetida à avaliação multimodal (ICV, AGF, OCT, Eco-B) com apresentações sugerindo a hipótese diagnóstica de CRHEP em AO. Optou-se pelo tratamento com IIV (Avastin®) com boa resposta.

DISCUSSÃO

Embora não exista consenso acerca do tratamento padrão ouro na CRHEP, dentre as opções disponíveis na Literatura, os estudos de Margarita Safir et al e Abdulrahman H Badawi et al, comprovaram a eficácia do tratamento com Anti-VEGF na CRHEP, assim como foi constatado em nosso caso clínico.

CONCLUSÃO

Trata-se de um relato de caso de uma paciente com CRHEP submetida ao tratamento com injeção ANTI-VEGF, no qual apresentou melhora do quadro após duas semanas.