Dados do Trabalho
Título
CATARATA E OUTROS TRANSTORNOS DO CRISTALINO NO COLAR METROPOLITANO DO VALE DO AÇO: UMA ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS ANOS 2017 A 2021
Resumo
INTRODUÇÃO: a catarata e outras patologias do cristalino são tipicamente associadas a fatores ambientais e ao envelhecimento, e, com efeito, essas condições têm um impacto significativo na qualidade de vida. Uma das consequências da catarata é a cegueira reversível. Sabe-se ser a principal causa deste tipo de cegueira no Brasil (CBO, 2022). Quando diagnosticada, pode ser corrigida de forma rápida por cirurgia de substituição do cristalino opaco por lente intraocular transparente, restituindo-se a visão do paciente. OBJETIVO: analisar as taxas de morbidade hospitalar de catarata e outros transtornos do cristalino no colar metropolitano do Vale do Aço nos anos de 2017 e 2021 e acompanhar as mudanças no seu padrão epidemiológico. MÉTODOS: estudo descritivo e retrospectivo, de base populacional, realizado por meio de dados públicos extraídos do Portal da Vigilância em Saúde de Minas Gerais, disponíveis para consulta e tabulação na plataforma. Avaliou-se: internações por ano de atendimento; faixa etária e sexo entre os anos de 2017 e 2021.
RESULTADOS: nos cinco anos avaliados, somou-se 467 registros de morbidade hospitalar relacionados aos transtornos de cristalino. Destes, 215 atribuídos aos pacientes masculinos e 252 aos femininos. Em relação à faixa etária, apenas 2 lançamentos entre 10 a 14 anos, a menor registrada. Os maiores números encontram-se entre 60 a 69 anos, com 141 e 70 a 79 anos, com 178. Já na variável ano de atendimento, houve significativa discrepância de valores nos anos identificados. Para 2017, apenas 5. Já em 2018, o ano subsequente, 262 registros. Com notável influência da pandemia de Covid-19, registrou-se a falta de dados do ano de 2019, ausentes no sistema, além de 2020 ter gerado a notificação de apenas 25 casos. Com a melhora do estado pandêmico, em 2021 houveram 175 casos registrados. CONCLUSÃO: a ocorrência da pandemia de Covid-19 impactou na busca por diagnóstico, tratamento e na qualidade dos registros de atendimento prestado ao usuário. Isso explica a queda no ano de 2020. Já para 2019 e diante da discrepância dos números no espaço temporal selecionado, critica-se a ausência e baixa qualidade de informações sobre os atendimentos oftalmológicos em do SUS. Sabe-se que o diagnóstico precoce para doenças que afetam o cristalino, como a catarata, deve ser buscada conforme orientações dos protocolos vigentes, uma vez que o rastreamento, o diagnóstico e a intervenção oportunos são capazes de prevenir e evitar agravos.
Referências Bibliográficas
Referências:
Colégio Brasileiro de Oftalmologia. Departamento de Oftalmologia da Associação Médica Brasileira, 2022. Disponível em: http://www.cbo.com.br/novo/medico/pdf/Folder_catarata.pdf. Acesso em: 30 de maio de 2023.
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Portal da Vigilância em Saúde. Sistema de Informações Sobre Morbidade Hospitalar, 2023. Disponível em:
https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/. Acesso em: 30 de maio de 2023.
Área
CATARATA (Trabalhos)
Instituições
UNIVAÇO - Minas Gerais - Brasil
Autores
GABRIELA SOARES BORGES, FERNANDA DE CARVALHO MARTINS, JULIANA FERNANDES SAAR GARCIA, BARBARA MARTINS MELLO DE OLIVEIRA, LETICIA ANDRADE DE SOUZA, FABIANA ATHAYDE MARTINS ARAUJO