XII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

OCLUSAO DE RAMO DA VEIA CENTRAL RETINIANA SECUNDARIA A RETINOPATIA HIPERTENSIVA

Resumo

INTRODUÇÃO:

A retinopatia hipertensiva ocorre quando a pressão arterial elevada provoca danos aos vasos da retina e apresenta como principais fatores de risco raça negra, idade acima de 60 anos e pressão arterial não controlada. A alta incidência de complicação por oclusão venosa ocorre, principalmente, quando há doença de base resistente e acontece com maior frequência em ramos da veia central. Sinais como perda de visão, hemorragia retiniana, dilatação e edema da retina podem estar presentes.

RELATO DO CASO:

G.O., 67 anos, masculino. Histórico de diabetes mellitus e acompanhamento médico irregular. Mapeamento de retina sugeriu sinais de retinopatia hipertensiva (RH) A3H0 bilateralmente, confirmados em angiofluoresceinografia(AGF), em associação a uma má perfusão no olho direito(OD). Orientado avaliação cardiológica e controle pressórico. No mês seguinte à consulta oftalmológica, paciente apresentou quadro de AVC, retomando seguimento 11 meses após. Foi realizado tomografia de coerência óptica (OCT) que evidenciou edema macular em OD e descolamento vítreo parcial em OE, além de uma nova AGF que permitiu visualizar oclusão de ramo venoso temporal superior com áreas isquêmicas em OD e áreas de hemorragias intrarretinianas em OE. Foi constatado RH A4H0 com acuidade visual (AV) 20/20 em OD e RH A4H1 com AV 20/400 em olho esquerdo (OE). Orientado fotocoagulação em OD, associado ao uso de cetorolaco de trometamina 4 mg/ml colírio e cloridrato de dorzolamida 2% + maleato de timolol 0,5% colírio.Após realização do laser e controle da pressão intraocular(PIO), a acuidade visual evoluiu para 20/20 em ambos olhos com PIO 15 OD e 18 OE.

DISCUSSÃO:

Como os sintomas oculares são variáveis na oclusão de ramo venoso retiniano (ORVR), os pacientes devem realizar investigação completa, incluindo a angiofluoresceinografia(AGF) e tomografia de coerência óptica (OCT). Quanto ao tratamento do caso, foi optado pela fotocoagulação, por de tratar de oclusão isquêmica e tem evolução grave, podendo gerar até glaucoma neovascular e persistência do edema da mácula.

CONCLUSÃO:

Ressalta-se a importância do seguimento com o médico oftalmologista em casos de retinopatia hipertensiva, a fim de prevenir complicações provocadas pela isquemia retiniana.

Referências Bibliográficas

Manresa JM, Forés R, Vázquez X, Alzamora MT, Heras A, Delgado P, Torán P. Fiabilidad de la retinografía para la detección de retinopatía hipertensiva en Atención Primaria [Reliability of retinography for the detection of hypertensive retinopathy in Primary Care]. Aten Primaria. 2020 Jun-Jul;52(6):410-417. Spanish. doi: 10.1016/j.aprim.2019.06.005. Epub 2019 Nov 3. PMID: 31694763; PMCID: PMC7256805.

Pranav Modi; Tasneem Arsiwalla. Hypertensive Retinopathy. StatPearls Publ. 2022.

Área

RETINA (Trabalhos)

Instituições

IOJ - Instituto de olhos de Joinville - Santa Catarina - Brasil

Autores

JOAO CAETANO BARBOSA DUARTE, MARIA EDUARDA BONETTI SCHULZ, RAFAEL FARIA MIERS, PATRICIA ANDRESSA NOSSAL, MARCOS VINÍCIUS MARUYAMA RIBEIRO, LUANA COLLETE DE ALMEIDA XAVIER DE OLIVEIRA, JULIA WARMLING DUDY